Totus

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A importância de resolver questões

A preparação para concursos públicos envolve três dimensões: 
  1. estudo teórico (ou revisão teórica); 
  2. leitura das normas (no caso das disciplinas jurídicas); 
  3. resolução de questões. 

Todo bom concurseiro sabe o quanto é importante resolver questões durante a preparação para concursos públicos. Neste breve artigo, trarei algumas dicas interessantes.

Por que resolver questões?

Vários são os motivos que nos levam a resolver questões. O primeiro deles é conhecer o pensamento da banca, descobrir as estruturas lógicas das questões, saber o que costuma ser cobrado, quais pontos do conteúdo são relevantes e o nível de detalhamento exigido. É importante tentar resolver o máximo de questões já cobradas em concursos anteriores pela banca do concurso em foco. Esgotadas essas questões, nada impede que o concurseiro busque questões de outras bancas. Entretanto, é preciso ter muita atenção, pois provas no famoso estilo Cespe, em que cada questão tem apenas duas respostas possíveis (certo ou errado) e em que uma resposta errada anula uma resposta certa, exigem uma estratégia específica. Em provas desse tipo, normalmente recomendo que o candidato deixe em branco aquelas questões que tratem de conteúdo estranho ou que o candidato não se lembre bem. Ao se deparar com a questão e verificando que o assunto foi estudado, o concurseiro deve procurar algum erro na assertiva. Não o encontrando, deve marcar "certo". Caso contrário, deve marcar "errado".

O segundo motivo para resolver questões é que elas direcionam os estudos teóricos. Nem tudo que aparece nos livros, principalmente naqueles mais acadêmicos, é importante para provas de concursos. À medida que resolvemos questões, conseguimos perceber com clareza aspectos passíveis de cobrança em prova. Assim, a leitura da teoria passa a ser mais eficiente. 

O terceiro motivo para resolver questões é que elas ajudam na memorização dos conteúdos. Resolver questões é um método de memorização. Então, quanto mais questões resolvemos, mais conseguimos memorizar o conteúdo.

O quarto motivo é que podemos utilizar as questões para monitorar o rendimento. Isso pode ser feito em dois momentos ou de duas formas. Num primeiro momento, devem ser resolvidas as questões referentes ao tópico em estudo. Por exemplo, o concurseiro estuda um capítulo de um livro e depois resolve as questões referentes ao tema estudado. É muito importante sempre anotar os percentuais de acerto. Outra dica interessante, é que você deve deixar algumas questões para resolver num momento posterior, o que acaba funcionando como uma revisão. 

Depois de uma visão geral da disciplina, o estudo deve entrar em ciclos de resolução de exercícios, leitura das normas (no caso de disciplinas jurídicas) e solução de dúvidas pontuais no material teórico. Para explicar como funcionam os ciclos de resolução de exercícios, vou dar um exemplo. Imagine um material com 2.400 questões de direito constitucional organizadas por assunto. Você pode resolver as questões ímpares (1, 3, 5, 7, 9 etc) à medida que avançar no estudo da matéria e reservar as questões pares para os ciclos de revisão. Depois de ter um primeiro contato com toda a matéria. Você pode começar um primeiro ciclo de resolução de exercícios, que funciona como um simulado e ao mesmo tempo uma revisão. Resolva então as questões de números 2, 22, 42, 62, 82, 102 etc. Assim você resolverá no primeiro ciclo cerca de 120 questões. Anote seu percentual de acertos, de acordo com as regras da banca. Depois tire as dúvidas quanto às questões que você tenha errado ou que tenha acertado, mas sem segurança. Num segundo ciclo, resolva as questões 4, 24, 44, 64, 84, 104 etc. Anote seu percentual de acertos. Tire as dúvidas. Repita esses ciclos tantas vezes quantas forem possíveis. A Editora Totus está lançando uma série de e-books de questões não comentadas que podem ser utilizadas com esse objetivo que expliquei aqui.

O quinto motivo para resolver questões é que, como já disse no parágrafo anterior, elas funcionam muito bem para revisão de conteúdo.

Estudar com questões comentadas é bom ou ruim?

O mercado está cheio de materiais com questões comentadas. Principalmente num primeiro momento, é interessante que o concurseiro utilize esse tipo de material. Entretanto, há um ponto a partir do qual é melhor resolver grande quantidade de questões, mesmo sem comentários. Ao fazer assim, o candidato traz para a sua preparação a situação de prova. Isso é sempre muito bom. Numa situação de prova, você responderá um grande número de questões e com um razoável grau de incerteza. Há especialistas em concursos públicos (um pequena minoria) que recomendam o estudo apenas com questões comentadas, pois, segundo os que assim pensam, agindo assim o concurseiro não correria o risco de acertar pelos motivos errados. Eu não concordo. Entendo ser mais interessante resolver um grande número de questões. Como curiosidade, sabe-se que muitos autores de livros de questões comentadas fogem das questões problemáticas.

Questões Inéditas

Há certos assuntos, principalmente no que diz respeito a legislações específicas, sobre os quais há poucas questões anteriores. Nesses casos, é interessante buscar no mercado materiais com questões inéditas que possam auxiliar nos estudos. A Editora Totus já lançou algumas obras desse tipo:


Ferramentas de questões

É impossível falar em questões para concursos hoje sem fazer referência a  certas ferramentas de informática amplamente utilizada pelos concurseiros. O Super Provas (www.superprovas.com.br) é a mais antiga delas. Trata-se de um software que deve ser instalado no computador que será utilizado nos estudos. A vantagem do Super Provas é que o banco de questões é maior que os dos concorrentes. Outra ferramenta é o Questões de Concursos (www.questoesdeconcursos.com.br). Também é uma excelente ferramenta, que pode ser acessada pela internet, não necessitando de instalação local. A grande vantagem é que os próprios usuários fazem comentários, na grande maioria das vezes, interessantes. Outra ferramenta interessante é a TEC Concursos (www.tecconcursos.com.br). Também é um sistema baseado na internet e que tem como diferencial o fato de apresentar comentários feitos por professores. Há outras ferramentas no mercado também bastante interessantes, tais como o Rota dos Concursos (www.rotadosconcursos.com.br) e o Mapa da Prova (www.mapadaprova.com.br). A última tem uma proposta bastante inovadora. As questões são organizadas e comentadas por professores de acordo com os editais dos concursos, item por item, o que facilita bastante a vida do concurseiro.

Guto Bello

3 comentários:

  1. Prof, comentar o Regimento Interno do TCU? Seria interessante para quem vai realizar o certame para Auditor e Técnico. Já que o senhor já foi técnico daquele Órgão Independente.

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  2. O blog está de parabéns, deixo uma dica de
    material de apoio para concursandos:
    http://apostilasconcursos2013.tk

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  3. Obrigado pelas dicas.
    Você recomenda fazer os resumos? Ler apenas o material e fazer os exercícios e revisar pela apostilas é um método eficaz?

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